terça-feira, 5 de maio de 2015

O mundo não é justo, e isso pode ser algo bom!

  Nos ensinaram desde muito cedo que tudo o que fazemos de bom retornará a nós. 

   A crença no karma vem de religiões como o hinduísmo e o budismo, e está presente até nos ditados populares, como por exemplo: tudo o que vai volta, ou até: quem planta, colhe. O karma são as consequências das atitudes individuais, ou seja, se você fizer algo ruim, logo, a vida te dará algo ruim em troca. De acordo com essa crença, se aconteceu algo de muito errado, olhe para as suas atitudes, e procure nelas a razão da sua punição.
  Ademais, não sou uma daquelas pessoas que acreditam numa orquestra mística das atitudes humanas, quando uso a expressão karma, a sua interpretação não é divina. Quando você faz coisas que prejudicam os outros, talvez, se for descoberto, os outros irão tentar te prejudicar de volta, e não há nada de sobrenatural nessa situação. Entretanto, muitas pessoas levam o tal do ''tudo que vai, volta'' muito a sério, e chegam a acreditar que a vida é justa, que os maus são punidos e os bons premiados. E isso é uma grandessíssima balela. Por conseguinte, essa crença que, admito, pode ser vista de uma forma racional e positiva, mas pode também afetar negativamente quem a vê de forma mística. 
  Nesse ínterim, a psicologa Dorothy Dowe acredita que se culpar por algo que seja alheio a sua vontade pode te levar a depressão, que te impede de racionalizar o que está acontecendo na sua vida e te leva apenas a reagir. Sendo assim, reagir, se sentir culpado(a) pelo que você está sofrendo, atribuir os acontecimentos ruins da sua vida a algo que não pode ser controlado e se punir por isso, poderá te levar a loucura. 
  Ás vezes, coisas ruins acontecem por você tê-las provocado ou porque ''shit happens'', e há duas formas de reagir a isso a)o seu sofrimento pode ser pensado, racionalizado e superado ou b) você acreditará que merece tudo o que há de ruim e se deprimirá.  


  Por fim, coisas ruins sempre acontecerão mesmo que você viva de forma ilibada, o desafio começa com a forma como você escolhe lidar com os conflitos e, talvez com isso, você perceba que o que parecia assustador e não solucionável é, na verdade, um degrau para algo melhor. A vida não é justa, e isso nem sempre é ruim.


 

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