segunda-feira, 15 de abril de 2024

Poetria XXX

Olho por entre as fendas das paredes

De angústia, rangem meus dentes

Cubro com força meus ouvidos...

mas nenhum ruído vem incomodar.


O silêncio e seu prenúncio:

Este mundo não vai desabar!

"Mas iria!" - e depois assumo:

 Não é por mim que irá se acabar


Desde que o mundo é mundo

um acaso inoportuno não o tira do lugar

Muito menos estes infortúnios da vida


Nada fugaz lhe agita, estou aqui só de ida

Mesmo assim, a toda tragédia ocorrida

Fico tola, a assombrar: o mundo irá se acabar!

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