Uns são proprietários e outros funcionários, e assim se
formam as classes, cada classe tem seu modo de se expressar, sua forma de
viver. Será que a cultura é um resumo do modo de vida desses pequenos mundos?
As classes mais baixas e excluídas da sociedade que produzem
a cultura popular, ela se manifesta na dança, na literatura, folclore, etc. Ela
surge das tradições e costumes e é passada de geração em geração,
principalmente de forma oral. A cultura popular é ligada ao senso comum, um
exemplo é o carnaval, comemorado todos os anos por uma grande parte da
população brasileira.
Já a cultura erudita surge do pensamento científico, e quem
as produz é a classe dominante política, social e cultural, classe que
classificou também a concepção de cultura. Ela é passada pelos livros e pela
universidade e é uma cultura que excluí grande parte da população.
A cultura popular é vista como uma resistência à cultura
erudita, pois por mais que sejam excluídos do que é visto como ‘‘boa cultura’’
ainda produz através das suas manifestações, um conteúdo que denuncia as
desigualdades vividas diariamente na sociedade.
A maior dificuldade sobre esse tema, é como trata-lo,
polarizar essas duas culturas é perigoso, como classificar o povo de acordo com
a cultura e não ao contrário. A medicina
popular, por exemplo, que é geralmente ligada a religião, é difícil
caracteriza-la de forma imparcial sem comparar com a medicina da cultura
erudita, que foi formulada através do pensamento científico.
A história sempre foi marcada por essa rixa entre a cultura popular,
dos plebeus e da cultura erudita que é da aristocracia. Isso fica evidente na
literatura e no teatro romano. Porém, na sociedade mais complexa de hoje, não é
possível ignorar as interelações entre essas culturas, bem como suas
transformações. Assim, uma cultura absorve a outra e a modifica, e quebra com
essa visão que uma cultura é rigidamente dominante e a outra é a resistência.
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