Talvez você retorne aqui e todos os textos tenham sumido ou note que as palavras foram trocadas e o sentido de um poema, de um texto, de uma frase, de um aforismo foi totalmente invertido. Aqui é RASCUNHOlogia, não Definitivologia.
quarta-feira, 13 de março de 2013
Bomba relógio
Não sei mais como conviver com o machismo, antes quando eu não sabia o que era, conseguia deixar pra lá, ignorar de uma maneira que eu não vou conseguir de novo, eu achava comum ligar uma estação de rádio e tocar aquela música ''Piriguete'', achava o fim do mundo se uma mulher me dissesse algo sobre o aborto, não sei se eu ''achava'' algo, já que todas as minhas opiniões vinham dos noticiários, da tv.
Vivemos numa época que se contradiz muito: temos muitos anúncios com mulheres semi-nuas que vemos no nosso dia-a-dia, mas quando uma garota posta uma foto com um decote é o fim do mundo e logo ela é taxada de ''biscatinha'', como eu vi hoje.
Também vi um outro problema: quando as pessoas perguntam se a garota é virgem (perguntas anônimas, claro), como se a perda da virgindade dela fosse a pior coisa que uma mulher pudesse fazer em toda vida, e sabe, se uma mulher pudesse engravidar e continuasse virgem, muita gente iria aplaudir de pé, afinal, onde já se viu uma mulher ter prazer?
Enquanto eu estava na aula de direção o meu instrutor ligou o rádio e as 18h da noite tocava uma música com a seguinte letra: Quem gosta de homem é viado, mulher gosta é de dinheiro, aí eu me pergunto como eu posso me defender quando alguém me diz que esta no meu sangue gostar de dinheiro, que esta escrito no meu DNA que eu sou interesseira? Como me defender de algo que toca no rádio, que passa na televisão e que ensinam desde o berço?
Quanto a essas situações cotidianas eu não posso fazer nada, eu só posso aprender a me defender e a ter mais paciência, senão eu explodo!
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