Talvez você retorne aqui e todos os textos tenham sumido ou note que as palavras foram trocadas e o sentido de um poema, de um texto, de uma frase, de um aforismo foi totalmente invertido. Aqui é RASCUNHOlogia, não Definitivologia.
terça-feira, 22 de julho de 2025
Vinícius de Moraes no Pole Dance
quinta-feira, 17 de julho de 2025
Blablablálogia
Sempre gostei de desenhar coisas bonitas e desde cedo quis encontrar a essência da beleza. E buscando-a, percebi que todas as coisas são belíssimas. Um nariz comprido, a pele manchada, rugas, olhos estrábicos, lábios finos, dentes tortos, varizes, cicatrizes, calos nas mãos e tantas outras marcas da vida.
Busquei a pura inteligência. O que faz de uns melhores e outros piores, sabe? Hoje a vejo em cada ser humano - não só, como a encontro nos animais, insetos, e na própria energia da vida.
Procurei, ainda, uma ética. A Ética. E fui compreendendo como cada escolha humana é complexa, que é construída num contexto, desconstruída n'outro. Alguns vieses biológicos aqui, a cultura ali, uma pitada de calor do momento e... plim! Uma decisão é tomada.
Ah, e como investiguei o sentido da vida! Para onde vou? Por que vim? Notei que a vida não tem um sentido diferente da morte.
E, ainda, a liberdade. Como possuí-la? Venho percebendo que liberdade e prisão talvez não se diferenciem. Talvez não sejamos nem livres, nem prisioneiros, mas algo que ainda não sabemos nomear.
As regras da vida são absurdas. Exceto esta: O que é, é, o que não é, não é. Mas por quanto tempo?
E aí... me perdi.
Me perdi do conforto da previsibilidade, e tomei o caminho da imprevisibilidade. Não há como voltar, a menos que perca minhas memórias. O mundo nunca fez sentido humano, nem divino. E apesar do medo, a vida é isso. Isto.
Gostaria de enlouquecer para tragar os anos num só gole, mas não enlouqueci. Tentei ignorar os olhos do abismo, fechando os meus bem apertados. A tragédia é que continuei sã.
Como é terrível conviver com as dúvidas... Mas mesmo que as respostas me fossem entregues, a esta altura do campeonato elas não me satisfariam.
E como eu poderia ser feliz dentro de um tornado?
Então... eu sorri.