terça-feira, 4 de junho de 2024

Poetria XXXIII

Esperei muito de ti, vida

Com esse teu silêncio vil!

Atentei tanto minha aurícula

Nenhum som tua voz emitiu.


Mas este meu ouvido te ouviu

Mesmo ante tua vacuidade

gestei uma tão grande vaidade!

E minha insanidade viu teu sorriso elastecendo


Mas vida, foste tu toda acontecendo

como é de teu costume acontecer

alheia a tudo, indiferente, sem a nada ver


E a viver, contemplei o engano, não persisti

não prometes, não choras e nunca sorri

vida, esperei muito de ti.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

E aí, o que achou?