Olho por entre as fendas das paredes
De angústia, rangem meus dentes
Cubro com força meus ouvidos...
mas nenhum ruído vem incomodar.
O silêncio e seu prenúncio:
Este mundo não vai desabar!
"Mas iria!" - e depois assumo:
Não é por mim que irá se acabar
Desde que o mundo é mundo
um acaso inoportuno não o tira do lugar
Muito menos estes infortúnios da vida
Nada fugaz lhe agita, estou aqui só de ida
Mesmo assim, a toda tragédia ocorrida
Fico tola, a assombrar: o mundo irá se acabar!
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