quarta-feira, 22 de março de 2023

Poetry II

There it is! There is

A place you hardly look,

hardly question, so grand, so deep

The more you look, the more you see

Huge! It roars and bleeds

Even so, you hide it and... bleep!

You diminish it, infantilize it

Can only hide, could never seek

But it's an adult, about your size

Confronting your denying eye

The fear you feel of you!

To be truthful, to not lie

To endure the gaze upon

To stand still a while, to bear the song

Of you voice about your soul

Face it! And dwell!

Acknowlege: it's not so well

You laugh still, at a childish play

You so fine, you'll never say

Look, a butterfly - then look away

It doesn't matter, how much you pray 

How many paths you can creat

trying to compensate 

You and yourself can't part ways.

terça-feira, 21 de março de 2023

Poetria XVII

 Se sou digna de alguma nota, essa nota é dó

O coração injuriado já não aguenta ficar só

Quer amor e carinho diferente do de avó

Bate sedentário, num saudosismo que ó...

Subsidiariamente

Queria que me amasse tanto, tanto!

Ou que me amasse de volta

Então, que me amasse

Ao menos... gostasse

Que se atraísse. Só se atraísse?

Que não desgostasse

Que tolerasse...

Que somente olhasse!

Que lembrasse

Que não se esqueça, não se esqueça de mim.

sexta-feira, 17 de março de 2023

Poetry I

In the blurred lines

Even for a minute of a time

by the end of a night

Oh! I would gladly be alive

in the ashtray of your life

terça-feira, 14 de março de 2023

Respeite!

Respeite, que as ruas são dos carros

e as calçadas dos calçados

que não tem carros a dirigir


Respeite, que os dias são do silêncio

as palavras do apartamento

os gritos do patrão que é pra se ouvir!


Respeite que as modas são das vitrines

que as roupas são indumentos

desgastados do trabalho para ir e vir


Respeite, as músicas tem compostura

altas só para quem tem cultura

baixas nos ouvidos dos servis


Respeite, que o público é privado

e o dançar só se é autorizado

à vista, num cercado sem lamaçal 


Respeite, a folia é o habitual

só se pula no acolchoado 

Aqui não tem carnaval!



quarta-feira, 8 de março de 2023

A dor

Aceito a dor, sim, completamente

totalmente - em sua maior escala

Quando havê-la é o caos inevitável

abraço-a, plenamente, de corpo e alma


Permito-me a ela torturar e sofrer

sem a ninguém culpar ou devolver

o sofrimento que me destroça e arrasa

qual ela, ingênua, sempre, sempre causa


Ela enforca. Enforca! Cura, depois para

Deixa a sua marca - e não por desleixada

é onde a sua potência esgota, é ali validada


Impetuosa, indolente e consistente: após a dor tudo sara

O tormento tem seu momento, termina, aí ampara

Entrego todo meu sentimento, sem reavê-la, quando se acaba