Minha Sara,
Belo o momento em que olhastes para trás!
Titubeou-se em pensamento de espírito voraz
Quanta ternura em noite clara
E retornaste, curiosa, em passos de carne
Quanta coragem!
Vi-te de lá. Vistes-me à margem
Mira aos céus, Sara! E alarme!
Em vão.
Te arrependerias? Resposta morosa...
Tornaram-te areia ao fitar-me em chamas
Em teu corpo granulado já não se refletia flamas
Nas tuas narinas de sal, sentistes odor da polvorosa?
Esfarelaram-te sem misericórdia
Mas esculpida em tua face, inextinguível vitória
Qual o último do teu órgão, converteu-se em grão?
Creio, Sara, que o coração.
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