Questiona-me! E questiona-me de novo
Uma só certeza tenho, com ela, a ti responderei:
"Não sei".
"Não sei".
Deseja o impossível: que nunca errarei
Que será eterno, o reinado de um só rei
E, eu, como saberei?
A torpeza é estafante, o gracejo é que revigora
Prometo o Ontem. Mais ainda, o Agora.
A ti, soará ambígua, vaga e provisória!
Exitante estará, irás embora?
Ao Futuro não se artimanha.
A realidade é conceito que te estranha
Aprenda: o tempo entrega e logo apanha
Não aceita nossa insolente barganha
À desolação partirei. Ao gozo, regozijarei.
E essa franqueza anteporei
às promessas do que desconheceis
Amanhã é só depois, não... não ansieis!
Dobre-se à Coroa, e a ela conformeis
O instante seguinte
é Reinado de Nãos-Seis.
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