Depois de horas nesse jogo de digitar, apagar e reescrever, vou jogando uma palavra após a outra e torcendo pra que a reunião delas forme um contexto e que esse contexto tenha qualquer sentido minimamente palatável.
Quando não quero escrever, desenhar ou produzir, os rabiscos se encaixam com desgosto, concluindo-se sem começo e iniciando-se sem fim.
Para dar recheio nesse bolo de frustrações, procuro pelos sinônimos com o maior número de caracteres, os mais complexos possíveis - é um tanto vergonhoso.
E desse jeito desastrado, vou escrevendo e escrevendo, com muita preguiça, semicerrando os olhos, e enchendo a tela de símbolos estranhos, que somente se assemelham a algo que integraria a língua pátria.
Bloqueios mentais devem ter suas existências respeitadas, concluo.
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