"Age sempre de tal modo que o teu comportamento possa vir a ser princípio de uma lei universal." - Immanuel Kant
Em tempos de extremismos e de justiças particulares, saber se está do "lado certo da história" é um dos questionamentos mais populares dos debates. É um tanto triste notar que é a isso que se resumiu, na última década, as complexas áreas da política, filosofia e ciência.
Nesse debate pífio, se perde a essência do que é ético, e todos os pormenores se diluem em um "espectro polarizado", em um jogão de domingo, regado à cerveja e insensatez. Não se debatem ideias individualmente, pelo contrário, colocam-as num saco e generalizam suas problemáticas em grupos, como que para não se perder tempo. Debate-se em 140 caracteres mal redigidos, assuntos que levaram mentes brilhantes a se debruçarem em livros por quase toda a vida - qual time será lembrado por possuir mais vitórias éticas: Palmeiras ou Corinthians?
Numa década tão aflorada e tão revestida de certezas absolutas, é complexo encontrar textos que impõem calma, atenção e reflexão. E procurando por escritos assim, que me deparei com um tal de Immanuel Kant e suas opiniões sobre a ética:
“Não preciso pois de perspicácia de muito largo alcance para saber o que hei de fazer para que o meu querer seja moralmente bom. Inexperiente a respeito do curso das coisas do mundo, incapaz de prevenção em face dos acontecimentos que nele se venham a dar, basta que eu pergunte a mim mesmo: – podes tu querer também que a tua máxima se converta em lei universal? Se não podes, então deves rejeitá-la”. - Immanuel Kant
Apesar de ser uma reflexão antiga, por ironia, ela é revigorante. Ela é necessária aos tempos atuais, porque impõe certa responsabilidade moral às pessoas. A responsabilidade pelo próprio futuro e pela segurança de seu entorno, atinge o diálogo, implicando na individualização das ideias e na extinção de "pensamentos em lote".
Assim, antes de querer e lutar fervorosamente para subir no "trem da história" e deixar os "retrógrados para trás", é preciso saber se essa vitória foi ganha pela ética ou pela desarrazoada força bruta. É preciso tentar prever se essa vitória compensará a luta.
Apesar de ser uma reflexão antiga, por ironia, ela é revigorante. Ela é necessária aos tempos atuais, porque impõe certa responsabilidade moral às pessoas. A responsabilidade pelo próprio futuro e pela segurança de seu entorno, atinge o diálogo, implicando na individualização das ideias e na extinção de "pensamentos em lote".
Assim, antes de querer e lutar fervorosamente para subir no "trem da história" e deixar os "retrógrados para trás", é preciso saber se essa vitória foi ganha pela ética ou pela desarrazoada força bruta. É preciso tentar prever se essa vitória compensará a luta.
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