quarta-feira, 17 de julho de 2019

Aprisionados

Estão presos dentro de mim, pensamentos silenciosos, mais velozes que as minhas mãos, mais coloridos que as cores que meus estúpidos olhos humanos capturam. Pensamentos impronunciáveis, complexos demais para a simples composição cerebral a que tenho acesso.
Me entopem a garganta e contorcem o meu rosto. Aceleram minha pulsação e afogam meus olhos. Meus lábios se selam e minha frágil atenção se dissolve.
É uma doença a estupidez, impede o contato entre mim e eu mesma. Tudo o que faço é simular essas sinapses que se escondem tão fundo no meu inconsciente.
No intervalo, procuro ligar as palavras a uma sentença, os traços a um desenho e as tentativas (paliativas) a uma cura.

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