My Mad Fat Diaries é baseada no livro autobiográfico de mesmo nome da autora Rae Earl (muito ansiosa pra comprá-lo!). A série britânica passou a ser exibida em 2013 pelo canal E4, mas só passei a assisti-lá por estar com tempo de sobra pra enfrentar meu preconceito com conteúdo adolescente, conceito que foi desconstruído já no primeiro episódio da série por a)Ser inovadora e b)Ter uma trilha sonora fantásssstica.
A história original, do livro, se passa na década de 80, mas a série é ambientada na década de 90. E, preciso destacar isso: a impressão que o telespectador tem é de que voltou no tempo. Dá até pra sentir o clima úmido britânico do final do século 20.
Além disso, a personagem principal é gorda e está aprendendo a lidar com toda a pressão que é viver numa sociedade que adora a magreza e a conformidade. É perceptível que a Rae, representada pela atriz Sharon Rooney sofre, mas não vive só de tristeza não, pelo contrário, ela é uma adolescente, ou seja, vive numa montanha russa emocional, às vezes no fundo do poço, às vezes no topo do universo. Ela é incrível, é profunda, engraçada, tem bom gosto e vê o mundo com uma perspectiva tão humana, sente medo, insatisfação, inveja, alegria, amor, raiva e age por impulso (pra caramba).
Archie, Chloe, Izzy, Chop, Finn (<3)
Ademais, os personagens secundários são tão bem construídos quanto a Rae. A série tem o efeito surpresa. Por exemplo, alguém que você imagina que seja um figurante, de repente, se torna uma pessoa muito importante, e alguém que é muito importante pode não ser nada. Todos reagem com muita naturalidade, nenhum deles, até agora, enfrentou algo de uma forma idealizada, alias, as séries inglesas que mais gosto tem muito disso.
Sério, corre lá pra assistir. Agora.
MMFD tem duas temporadas, e a terceira já está sendo produzida mas, infelizmente, não há previsão de estreia :'(.
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