* Essa banda ainda fica pasma quando as pessoas compreendem essa música como algo romântico
Assim que conseguimos entender um pouco do mundo a nossa volta, lá na infância , começamos a compreender que existe essa coisa maravilhoso pelas coisas a nossa volta, e um dia nos ensinam que isso é sentir. Depois experimentamos a raiva, a inveja, a paixão e então nos falam sobre o tal do amor. Esperamos com tanta ansiedade a chegada do primeiro amor, ficamos obcecados com a ideia de amar. Ouvimos músicas depressivas, assistimos filmes dramáticos, lemos livros épicos e tudo o que pensamos é que um dia será a nossa vez, tudo isso misturado com muito hormônio adolescente, claro.
Amar é algo que vai se diluindo com a nossa idade, ele é simples e esta ali o tempo todo e na medida em que o tempo passa, nós vamos sendo educados de uma forma que nos impossibilita de vê-lo a todo momento e isso nos deixa um tanto ranzinzas.
O que estragou toda essa ideia de amor, como diz Osho, é que fomos muito educados quanto a ele. Colocaram o amor numa forma e nos ensinaram que ele só é verdadeiro se for de determinada maneira, e se você o encontra em algum ponto fora dessa forma, em alguns casos, você chega a ser punido. Afinal, como é amar? Será que você já amou? Acho que é algo tão simples, que é ridículo acreditar que seja assim, então colocamos limites e regras, a ideia de amor chega a nos controlar. Não queremos simplicidade, queremos drama. Queremos amor com barreiras, queremos provar que ele é original. O amor é quase uma grife!
Por causa desse desejo incontrolável de se amar alguém, muitas vezes nós fazemos o seguinte: vemos as outras pessoas de uma forma muito generalizada e passamos a controlar seus passos, todos tem que entender o que é o amor na forma exata como vemos. E essa ideia é difundida e muito bem aceita a décadas e décadas, nós romantizamos a possessão ao sentimento dos outros e de seus corpos.
O que nos ensinam que é amor, é algo tão ínfimo, que passamos a acreditar que tudo o que não está nessa forma está errado e fazemos o possível para reprimir isso.
Não sou expert, mas talvez ele comece dentro de nós mesmos, nos aceitando com defeitos e qualidades, então só depois notaremos que somos seres únicos. Compreender que os outros também são únicos e que é necessário respeitar essas diferenças que existem entre os seres humanos é crucial. Amar a si, no meu ponto de vista, é o primeiro degrau para entender e vivenciar o amor, sem restrições. Afinal, é impossível amar aos outros quando nem você se gosta.
Amar é algo plural e aceitar isso, ver que cada um é livre para sentir vai abrir seus olhos para uma grande descoberta: o amor é o oposto de ter. Em nome do amor você pode ir contra o mundo, e passa a tentar espalhar essa semente, o que vai irritar a maioria das pessoas.
É difícil ir contra o que todo mundo aprendeu desde criança, é impossível mudar toda a realidade sozinho, mas é possível mudar a vida ao seu redor com um pouco do amor puro. O amor puro é ver que não há necessidade pra tanto egoísmo, fica mais fácil se pôr no lugar dos outros e fica mais fácil conviver em sociedade. Amar só faz bem.
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