A história se passa na Alemanha, e fala sobre um professor que deu por uma semana um curso sobre a autocracia. A aula parecia entediante, então ele resolveu 'implantar' a autocracia em sala de aula. O experimento foi levado a sério pelos alunos, e eles então criaram 'A Onda', e queriam revolucionar o mundo com suas ideias nacionalistas. A questão é como chegaram a isso?
O professor consegue se pôr como líder com uma votação, mas ele manipula a turma bem discretamente e eles acabam por o escolher. Ele dá ordens aos alunos como: sentar direito, levantar para fazer perguntas, se vestirem uniformemente e dar respostas rápidas e concisas. O professor Rainer Wenger ainda faz os alunos trocarem de lugar, para que as 'panelinhas' se desfizessem e com isso, ele consegue fazer a sala se unir, e com essa união e uniformização eles não viram mais 'barreiras sociais' e se tornaram uma grande família que tinha o professor como pai, ou melhor, Herr Wenger.
Essa união foi o necessário para que eles excluíssem tudo o que diferia de seus pensamentos, para que começassem a atacar quem tentasse os derrubar e eles se organizaram para tomar a escola e até o país inteiro.
Depois de assistir a esse filme eu percebi que a sociedade como conhecemos é frágil, o quanto o povo se entrega só pra serem aceitos nela, e como é difícil a resistência dos poucos que percebem o mundo ruindo.
Ah, e essa história é verídica! Foi um experimento social feito pelo professor Ron Jones, professor do curso do Ensino Médio do curso de '' Mundo Contemporâneo''. Ele queria mostrar aos alunos como os Alemães foram levados a aceitar o extermínio de milhares de judeus durante a Alemanha nazista e que havia como se instalar um regime fascista até mesmo na democracia. O primeiro dia de curso foi só para alguns alunos e depois outros se interessaram, ele deveria ser chamado de Mr. Jones e convenceu os alunos a quererem acabar com a democracia. O experimento acabou no quarto dia, pois ele percebeu que seus alunos fugiram ao seu controle. No último dia de experimento ele disse aos alunos que eles estavam fazendo parte de um 'experimento social fascista'.
Ele chamou atenção das pessoas sobre esse experimento, por ter conseguido manipular tão facilmente as mentes dos jovens. Sua aula foi a inspiração para filmes como die welle (2008), um especial de TV chamado The Wave(1981) e várias outras obras.
"Para mim, como professor, era muito gratificante ver a maior parte dos alunos se envolvendo, tomando as rédeas. Eles saíam para entregar panfletos, agregar nomes. E aí isso explodiu", conta Ron Jones, 68, à Folha, por telefone.Folha Online
Em cinco dias, o número de membros na classe dobrou --de 25 para 50. Fora de lá, o movimento chegou a reunir mais de 300 adolescentes, segundo Jones, e a silenciar vozes dissidentes, à força.
"Uma criança perdeu a mão construindo explosivos. Era uma criança perdida, perigosa." Foi aí que o professor percebeu que havia ido longe demais. Para decepção geral, fez um discurso no qual revelou a farsa e apelou por bom senso.
(...) Dois anos depois da "explosão", o americano foi demitido e proibido de lecionar em escolas públicas. Hoje, ensina poesia a deficientes mentais, escreve e ministra palestras.
"Nunca faria isso de novo. Coloquei os alunos em perigo. Esse tipo de experimento é útil para mostrar quão facilmente nos tornamos vítimas desse tipo de coisa."
Encontrei o relato do professor Ron Jones sobre a Terceira Onda, acho que fizeram a tradução pelo Google e ta bem ruinzinha, mas dá para compreender.
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